Sempre detestei o Flamengo. Contudo, nesta semana novos elementos afloraram ainda mais meu ódio e repúdio ao Clube de Regatas do Flamengo, uma instituição lamentável. Os referidos elementos giram em torno dos seguintes temas: arbitragens "mandrakes" e beneplácito da grande imprensa em relação aos "favorecimengos".
No último domingo, Flamengo e Botafogo decidiram a Taça Guanabara. E mais uma vez a arbitragem foi rubro-negra. Não sou tolo de dizer que, a rigor, não houve penalty no lance do gol de empate do Flamengo ou que o segundo cartão amarelo do jogador Lúcio Flávio não foi justo. Entretanto, penaltys como aqueles acontecem aos montes todos os jogos. Nesse caso, quando o juiz é medroso ou mal-intencionado ele escolhe à dedo qual penalty marcar e a que equipe beneficiar com isso. É o que se convencionou chamar, no mundo do futebol, de "mandrakismo". Como o penalty foi "mandrake" (ainda mais por se tratar de uma decisão), os jogadores do Botafogo reclamaram muito e Lúcio Flávio tomou seu primeiro cartão amarelo, o que posteriormente culminou em sua expulsão. O resultado disso, não preciso nem me reportar.
No último domingo, Flamengo e Botafogo decidiram a Taça Guanabara. E mais uma vez a arbitragem foi rubro-negra. Não sou tolo de dizer que, a rigor, não houve penalty no lance do gol de empate do Flamengo ou que o segundo cartão amarelo do jogador Lúcio Flávio não foi justo. Entretanto, penaltys como aqueles acontecem aos montes todos os jogos. Nesse caso, quando o juiz é medroso ou mal-intencionado ele escolhe à dedo qual penalty marcar e a que equipe beneficiar com isso. É o que se convencionou chamar, no mundo do futebol, de "mandrakismo". Como o penalty foi "mandrake" (ainda mais por se tratar de uma decisão), os jogadores do Botafogo reclamaram muito e Lúcio Flávio tomou seu primeiro cartão amarelo, o que posteriormente culminou em sua expulsão. O resultado disso, não preciso nem me reportar.
Como se isso não bastasse, na mesma semana jogaram pela Copa Libertadores, Flamengo e Cienciano. Outra arbitragem vergonhosa. Gol do Cienciano claramente mal anulado, além de gol com matada no braço deram vitória ao Flamengo. Mais uma violação à justiça.
Tudo isso já é bastante revoltante. Mas nada é tão ruim que não possa piorar. E o que me revoltou, ainda mais, foi a repercussão dada pela grande mídia após os dois jogos. Primeiramente, lances dos dois jogos com edições extremamente parciais. No entanto, o pior de tudo foi ver nove entre dez comentaristas dizerem que as arbitragens dos dois jogos foram normais, ou no mínimo isentas, já que segundo eles: "errou-se para os dois lados". Ora, não se pode, em hipótese alguma, analisar uma arbitragem pelos lances soltos e sim pelo contexto. Isso é trivial. Todos sabem disso, mas, infelizmente, até mesmo alguns jornalistas bem formados acabaram entrando na onda rubro-negra e incorrendo nesse erro grosseiro.
Um dado emblemático acerca da histórica simpatia dos árbitros em relação ao Flamengo, se deu no Linha de Passe, mesa redonda transmitida pela ESPN Brasil. O programa é bastante interativo, uma vez que dezenas de e-mails de assinantes são lidos ao vivo durante seu curso. Nesta semana, por motivos óbvios, a tônica do programa foi a arbitragem. E lá pelas tantas, foi solicitado que os assinantes mandassem e-mails que apontassem jogos em toda a história, dentro dos quais o Flamengo tenha sido prejudicado. Ora, isso foi solicitado para atestar que todos os clubes são em algumas vezes beneficiados, em outras prejudicados. Até aí nada de mais, eu concordei com a solicitação. Eis que, até o final do programa, um (pasmem, apenas um) jogo em que o Flamengo tenha sido prejudicado pela arbitragem foi lembrado pelos e-mails dos assinantes (obviamente, em grande número, flamenguistas). Foi a final do campeonato carioca de 1989, em razão do leve empurrão do atacante Maurício em Leonardo, no gol do título botafoguense. Portanto, em 112 anos de história, seus torcedores se recordam de apenas um jogo em que o clube tenha sido prejudicado. Imagina se fosse o contrário, se a solicitação fosse feita para que os torcedores dos outros clubes se lembrassem das vezes em que o Flamengo foi beneficiado? Só eu, lembro de dezenas gravíssimas.
Até mesmo o time da década de 80, embora reconhecidamente bom, necessitou por várias vezes do auxílo da arbitragem para obter suas glórias. A maior vergonha que eu já vi, em toda minha vida, no tocante à arbitragem, foi no jogo FLamengo e Atlético-MG(http://br.youtube.com/watch?v=PwwXKwHm6BI), pela Copa Libertadores de 1981. O pernicioso e abominável José Roberto Wright (Wrong, para muitos) assaltou o time do Atlético, simplesmente expulsando cinco de seus jogadores e dando a vitória de bandeja ao Flamengo. Alíás, essa foi a vez em que o Flamengo conquistou sua única Copa Libertadores e a década de 80 foi a única verdadeiramente vitoriosa para o Flamengo. Eu tenho muitas suspeitas acerca da lisura desses tíulos conquistados. Em suma, vale para o futebol brasileiro também a famosa frase dos economistas sobre o Brasil: "década de 80, a década perdida".
Isso é o Flamengo. Uma instituição, em sua essência bastante elitista (haja vista sua localização, entre Gávea, Leblon e Lagoa Rodrigo de Freitas), mas que foi transformada proposital e perversamente em fenômeno de massa. Por que perversamente? Porque seus torcedores, desavisadamente, acreditam que o clube é o "povão" e não fazem idéia de que o clube já foi fortemente racista (não aceitava negros e mulatos em seus quadros) e aristocrático (tal qual seu irmão siamês, o Fluminense). Assim, o trabalho iniciado pela Rádio Nacional e consolidado pela Rede Globo foi muito competente e fazem com que os flamenguistas acreditem que torçam para o clube do povo. Mal sabem eles que, em sua maioria, caso quisessem, não conseguiriam sequer chegar perto das dependências do clube. Entrar então, nem pensar. Eles não seriam bem vistos no clube localizado no ponto mais nobre da zona sul carioca. É muita leviandade!
Além disso, as razões para o repúdio ao Flamengo não param por aí. Será que é coincidência que seu mascote seja um urubu? Ninguém gosta de urubu, um animal nem um pouco simpático, tal como os flamenguistas. Além de chatos e desagradáveis, 95% de seus torcedores não entendem nada de futebol, pois não acompanham de perto o esporte bretão (dos 5% restantes, eu não conheço praticamente ninguém, mas eles devem existir). Em suma, é um fenômeno parecido com o catolicismo no Brasil, existem os praticantes e os não-praticantes, sendo que os últimos são a maioria. Assim, a torcida do urubu pode até ser a maior do Brasil, mas se se contarem apenas os praticantes (os que acompanham e entedem de futebol), ela fatalmente não será. Afinal, a maioria são flamenguistas não-praticantes.
Não acabou. A maioria das palavras que têm o prefixo "fla" designa coisas ruins. Flatulência é algo desagradável. Flacidez é anti-estético. Flagelo é desastroso. E Flamengo é a síntese de tudo isso: desagradável e desatroso. Anti-estética fica sendo sua torcida, para completar.
No mais é isso. Poderia me alongar ainda muito mais para mostrar que o Flamengo não é uma coisa boa. Mas fico por aqui. Não sem antes cantarolar: "Tu és time de otário e cuzão; puta, viado e ladrão; tomá no cu mengo. Eu sempre te odiarei; onde estiver xingarei; tomá no cu mengo".